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Respiro

A gente nunca consegue perceber a beleza do dia dia
no meio do transito, de todo o barulho que a cidade faz.
Mas se pudêssemos parar tudo por algum tempo, se pudêssemos congelar, rolar em câmera lenta, todo esse cenário apesar de desastroso também se faz poético em pequenos detalhes; como ver uma floricultura aberta, ver as pessoas que fazem um número artístico no sinal e contam com a sensibilidade de quem assiste.
Sabemos que a beleza se encontra nas pequenas e que estamos ocupados demais pra observar, seja indo ou voltando de algum lugar pra poder

Pausar

        Respirar consciente 

Desfazer o nó

largar toda as informações que cai sobre nós como chuva torrencial há todos os dias e perceber que quando se desliga o virtual não há ninguém a sua frente. Se sente um vazio, uma falta mas de quem ?!
Desfazer esse nó é como desenrolar um fone ou todos os fios que se encontra em nossas gavetas.
Não é fácil mas é necessário tanto que o mundo dá se dando uma pausa. 

Carolina sai mais um dia as seis da manhã pro trabalho, deixar a filha na creche e esquentar a comida ou fazer algo pré pronto te parece familiar? Pois é
Mas no dia seguinte Caroline percebeu que havia boatos e mais boatos que as coisas iriam fechar até se deparar com o fechamento do seu trabalho.
Como assim não ia trabalhar ? A realidade de uma tragédia que se passa do outro lado do mundo agora batia com toda força na porta da sua casa de obrigando a ficar em casa.
Agora a câmera lenta não filma mais as floriculturas abertas, agora a câmera só registra alguns poucos carros que se atreve a passar na sua frente. O cenário que antes era uma bagunça sem fim, uma mistura de preto com luzes de postes e semáforo não passa agora de asfaltado desgastado e cores em tons de cinzas  .
No meio disso o que Carolina tem agora? O que você tem?

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